Investimento pode renovar interesse no uso de carvão para a gerar energia.
Planta fica em Estevan, na província de Saskatchewan.
Imagem sem data mostra planta de captura comercial de carbono instalada no Canadá (Foto: SaskPower/Reuters) |
A primeira planta em larga escala de captura e armazenamento de carbono do mundo, construída em uma termelétrica a carvão no Canadá,
será inaugurada na quinta-feira (2). Se for bem-sucedido, o projeto
piloto, de CAD$ 1,4 bilhão (US$ 1,25 bilhão) poderá renovar o interesse
no uso de carvão para a geração de energia, em um momento em que vários
países buscam desativar as térmicas a carvão - uma das principais fontes
de emissão de gases causadores do efeito estufa, associadas com o
aquecimento global.
A inauguração da planta, em Estevan, na província de Saskatchewan, é
"um ponto significativo" na história do desenvolvimento das tecnologias
de captura e armazenamento de carbono, informou em um comunicado a
diretora da Agência Internacional de Energia (AIE), Maria van der
Hoeven.
Essas tecnologias nascentes permitem capturar o dióxido de carbono
(CO2), resultante da combustão de combustíveis fósseis ou de processos
industriais, e possibilitam seu armazenamento subterrâneo. "A
experiência nesse projeto será criticamente importante", afirmou van der
Hoeven.
"Desejo ao operador da planta muito sucesso em demonstrar ao mundo que a
captura de CO2 de uma usina geradora de energia em larga escala na
verdade não é ficção científica, mas realidade atual', acrescentou.
A AIE prevê que a captura e o armazenamento de carbono responderão por
um sexto das reduções de emissões globais até 2050. Sem a tecnologia, a
agência informou que dois terços das reservas comprovadas de petróleo
não poderão ser comercializadas.
O carvão não renovável é usado para gerar 40% da eletricidade do mundo,
segundo a SaskPower. A usina tem três térmicas a carvão, que geram
quase metade da energia usada na província canadense, assim como 70% de
suas emissões de gases provocadores do efeito estufa.
A SaskPower reparou sua antiga represa Boundary para produzir mais de
110 megawattss de energia limpa, capturando ao mesmo tempo um milhão de
toneladas ao ano de dióxido de carbono.
Fonte: G1. 02/10/2014
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